Inteligência financeira: ela pode salvar o seu dinheiro

Homem preocupado com sua condição financeira
Não deixe a situação sair do controle

Você sabe o que é inteligência financeira? Não?

Então deixe eu lhe fazer uma outra pergunta:

Você já parou para pensar que às vezes só damos importância a um problema quando ele já está fora do nosso controle?

Imagine uma pessoa endividada que não sabe o que fazer.

Ela estoura os limites dos cartões de crédito, faz sucessivos empréstimos em diferentes bancos, mas não sabe como acabar com esta dívida que não para de crescer. Ela está desesperada!

Isto lhe soa familiar? Talvez você conheça alguém que esteja nessa situação.

Ou quem sabe ainda você já tenha passado por algo parecido?

Seja como for, a situação narrada acima é mais comum do que imaginamos.

E o pior de tudo, é que quando as pessoas descobrem que não tem dinheiro suficiente para cobrir suas despesas, a primeira coisa que lhes vem à mente é que necessitam de mais dinheiro.

Mas vou te contar um segredo: se você não tiver inteligência financeira, conseguir mais dinheiro não vai resolver essa confusão. Na verdade, isso pode agravar ainda mais a situação.

Você já deve ter escutado que “quem não sabe administrar pouco, não conseguirá administrar muito”.

O problema não está em quanto dinheiro você ganha, mas sim na sua mentalidade financeira, nos seus hábitos e no seu estilo de vida. O que você precisa é admitir que tem um problema.

Mas infelizmente, não é bem isso que acontece na maioria das vezes.

Sem admitir o problema, sem avaliar as consequências, as pessoas continuam a gastar.

Adquirem coisas que na maioria das vezes lhe trarão uma satisfação momentânea e que logo exigirá mais e mais gastos para satisfazer novos desejos.

Isso sem mencionar os empréstimos tomados com juros elevados para quitar dívidas que em breve serão substituídas por outras.

O efeito bola de neve toma uma proporção que deixará o indivíduo não apenas endividado financeiramente, mas trará um enorme peso psicológico que poderá afetar a sua vida pessoal, familiar e profissional.

O maior erro cometido pela maioria das pessoas que se encontram nessa situação é acreditar que conseguirão sair dela sem mudar seus hábitos e atitudes.

Você precisa desenvolver sua inteligência financeira

Mulher mostra um leque com notas de dólares
Sua mentalidade financeira precisa mudar

Eu acredito que qualquer pessoa possa sair de uma posição incômoda de limitações que o excesso de dívidas e a presença de crenças limitantes lhe impõe, desde que admitam que o problema existe e que a mudança é necessária.

Se você está passando por isso, é preciso que você busque uma nova forma de pensar e ver as coisas.

Sua decisão poderá transformar a sua vida e influenciar completamente o seu futuro, futuro esse que está mais próximo do que você imagina.

Mas você pode estar pensando:

“Será que tudo que eu aprendi estava errado? Segui à risca cada conselho que recebi da família, dos amigos e até de professores”.

E mesmo assim as coisas não saíram como você imaginava, não é mesmo?

E eu entendo muito bem você. Eu também já passei por isso.

Somos ensinados desde crianças que devemos estudar muito e entrar em uma boa faculdade.

Dizem que só assim conseguiremos um emprego que oferecerá um grande salário e benefícios, porque essa é a única forma de nos darmos bem na vida.

Depois devemos comprar um carro (talvez dois), em seguida uma casa e depois outra maior. Ah, e  se não tiver dinheiro, não tem problema.

Basta financiar a perder de vista; os juros não importam, desde que a prestação se encaixe no orçamento mensal, está tudo bem.

Além disso, os bancos e o governo se apresentaram como os mais indicados para cuidar do nosso dinheiro e do nosso futuro (uma pequena referência à nossa previdência social).

E diante desses conselhos, a maioria de nós admitiu que “não era capaz”.

E assim nos tornamos “escravos” de um sistema com engrenagens cuidadosamente construídas para nos envolver e nos manter bem longe de um mundo de escolhas próprias.

Alimentando a matrix

Tela com códigos do sistema matrix representando os impostos, juros e consumo
Tome suas próprias decisões

Quem assistiu ao filme Matrix sabe que tomar uma decisão pode levá-lo a caminhos bastante distintos.

Nesta produção cinematográfica de 1999, Morpheus (Laurence Fishburne) explica a Neo (Keanu Reeves), que o mundo no qual ele vive não é real.

Os humanos na verdade são escravos e tem suas mentes controladas por um sistema de computadores denominado Matrix.

Morpheus oferece a Neo duas escolhas: tomar a pílula azul que o levará de volta a sua vida de mentira, ou tomar a pílula vermelha, que o fará conhecer a verdade por trás do mundo de ilusão.

Assim como no filme, existe um sistema preparado para fazer você viver num “mundo irreal” e forçá-lo a acreditar que você não é capaz de tomar suas próprias decisões, principalmente em relação ao seu dinheiro.

Governos, empresas e bancos são a nossa Matrix.

O que vem a sua mente quando eu menciono estas três figuras sempre presentes em nossas vidas? Pense bem.

Vou dar uma ajudinha: impostos, consumo e juros. À primeira vista, não há nada de errado com isso. Mas vamos dar uma olhada mais de perto em cada um deles.

Impostos

É através dos impostos que o Estado exerce, ou deveria exercer a sua função de prover serviços como educação, saúde e segurança por exemplo.

O problema é que como sabemos o dinheiro público está sujeito a má administração, a burocracia na distribuição de recursos  e o flagelo da corrupção. Tudo isso torna o Estado uma figura obsoleta e ineficiente.

Pra compensar todos os desmandos com a coisa pública, mais impostos são criados.

Acredite, “os representantes do povo” não estão preocupados em resolver seus problemas só porque você acha que possui “direitos”.

Por isso você precisa estar atento e usar sua inteligência financeira, para de forma legal, reduzir a carga tributária que poderá recair sobre a sua renda e o seu consumo.

Consumo

Muitos de nós não se dão conta que várias empresas com suas campanhas de marketing sedutoras criam a ilusão de que você está tomando decisões inteligentes, quando na verdade estão induzindo você a gastar mais do que deveria.

Mas será que a culpa por você gastar tanto é realmente apenas do marketing das empresas? Ou seus hábitos e a falta de educação financeira também são responsáveis por isso?

Veja, o problema não é o consumo, necessário para suprir as suas necessidades ou para realizar algum desejo, mas sim o consumismo sem medida, sem um propósito definido.

Uma empresa para sobreviver precisa promover, vender e ter lucros. Pois sem esses lucros elas não impulsionariam o crescimento do país, nem a geração de riquezas, muito menos a criação de empregos.

Sem falar é claro que os lucros também são a recompensa para aqueles que decidiram assumir o risco de empreender.

Mais uma vez cabe a você decidir como irá gastar o seu dinheiro.

Juros

Agora imagine que se você decidir fazer um investimento com o dinheiro que sobrou depois do pagamento dos impostos e das suas despesas, você com certeza irá querer receber uma boa rentabilidade não é mesmo?

Da mesma forma que se você realizar um empréstimo/financiamento junto ao seu banco, ele irá lhe cobrar uma taxa por isso.

Nos dois casos são os juros que servem para remunerar tanto o seu capital, quanto o do seu credor.

A questão é que as taxas de juros são bastante distintas em cada uma das pontas.

Enquanto os juros de empréstimos e financiamentos tomados por você são bastante elevados, ultrapassando às vezes a casa dos dois dígitos mensais, aqueles que remuneram seus investimentos mal repõe a inflação do período.

O problema é que em relação as opções de investimento, as instituições financeiras não estão muito interessadas em apresentar as que melhor remuneram seu rico dinheiro.

Mas você como indivíduo pode se beneficiar dos serviços dessas instituições mesmo assim. Basta que você saiba como elas funcionam para que você não desperdice o seu dinheiro.

O que eu quero dizer com tudo isso é que, cabe a você e a mais ninguém, tomar suas próprias decisões, inclusive e principalmente em relação ao seu dinheiro. E isso vai exigir uma mudança de postura da sua parte.

Talvez para isso, seja necessário que você não esteja totalmente alheio ao que acontece na política e na economia; talvez seja importante que você procure entender a dinâmica do dinheiro no mercado financeiro; e quem sabe ainda, você tenha que mudar seus valores e velhos hábitos.

O importante é que você esteja no controle.

Assumindo o controle do seu dinheiro

Homens calculando despesas em uma folha de papel
Entenda o valor do seu dinheiro

O dinheiro não traz felicidade para quem não sabe o que fazer com ele. – Machado de Assis

Reforçando o que eu disse anteriormente, o importante é que você perceba a sua relevância como indivíduo e cidadão. Cabe a você assumir o controle da sua vida.

Ter a consciência da sua responsabilidade em decidir quais escolhas fazer em relação ao seu dinheiro, ao seu trabalho e ao seu futuro.

E mais uma vez: você é o único responsável pelas suas decisões. Você precisa se preparar, buscar informação e transformá-la em conhecimento que trabalhe a seu favor.

Você precisa da sua inteligência financeira pois ela é o melhor instrumento para fazer seu dinheiro valer mais.

Por isso, aprenda a lidar com o seu dinheiro. Entenda o seu funcionamento. Perceba o modo como os agentes citados anteriormente pensam e agem.

Esteja pronto para identificar e se antecipar a cada investida desses agentes sobre o seu patrimônio. Essa é uma forma eficiente para proteger cada centavo ganho.

E tenha a certeza de que se você não valorizar bem o seu dinheiro, alguém terá grande prazer em fazer isso por você.

Agora que você tem uma nova perspectiva das coisas, sabe que você é o único responsável pela sua vida e descobriu a importância da inteligência financeira, talvez seja a hora de iniciar uma mudança.

Talvez assim como o personagem Neo, seja a hora de você se livrar da “sua matrix” e despertar de uma vez por todas para o mundo real.

O que você me diz?

Leia também: Patrimônio: Comece a construir o seu através de quatro atitudes simples

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